Exames e Procedimento
Principais Exames
ÁCIDO FÓLICO
A deficiência do ácido fólico e quase sempre consequência de ingestão insuficiente e esta presente em cerca de 1/3 (um terço) de todas as mulheres grávidas, na maioria dos alcoólatras crônicos, nas pessoas que cumprem dietas pobres em frutas e vegetais e nas pessoas com distúrbios absortivos do intestino delgado. Pode estar falsamente elevado em casos de hemólise. Sua concentração pode estar reduzida com o uso de contraceptivo oral.
ÁCIDO ÚRICO
O ácido úrico está elevado em várias situações clínicas além da gota. Somente 10% dos pacientes com hiperuricemia tem gota. Níveis elevados também são encontrados na insuficiência renal, etilismo, cetoacidose diabética, psoríase, pré-eclampsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós- quimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina, aspirina (doses baixas), didanosina, diuréticos, beta-bloqueadores, dentre outras drogas.
ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO TOTAL E LIVRE (PSA)
Esta presente em altas concentrações no líquido seminal. Niveis pré-operatórios correlacionam (ainda que imperfeitamente) com extensão da doença em pacientes com câncer prostático. PSA é útil na detecção de tumor prostático e no seguimento do seu tratamento. Pode apresentar-se elevados nos quadros de prostatite. Aproximadamente 25 a 46% dos homens com hiperplasia prostática benigna tem concentração elevada de
PSA. Pacientes com prostatite também exibem elevações do PSA. O nível de PSA não é utilizado isoladamente para estagiamento e seleção de candidatos para prostatectomia radical. Elevações podem ser encontradas após o exame retal digital, massagem prostática, instrumentação uretral, ultra-som transretal, biópsia prostática por agulha, retenção urinária, infarto ou isquemia prostáticas e relação sexual.
ALANINA AMINO TRANSFERASE (ALT/TGP)
A transaminase TGP se localiza principalmente no fígado. A TGP é mais sensível que a TGO na detecção de doenças do fígado. Valores elevados são encontrados no alcoolismo, hepatites virais, hepatites não alcoólicas, cirrose, colestase, hemocromatose, anemias hemolíticas, hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças musculoesqueléticas, doença de Wilson.
ASPARTATO AMINO TRANSFERASE (AST)
Utilizado juntamente com a TGP nas doenças hepáticas e musculares. TGO
(AST) é também encontrada no músculo esquelético, rins, cérebro, pulmões, pâncreas, baço e leucócitos. Valores elevados ocorrem na ingestão alcoólica, cirrose, deficiência de piridoxina, hepatites virais, hemocromatoses, colescistite, colestase, anemias hemolíticas, hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insufuciência cardíaca, doenças musculoesqueléticas, nas esteatoses e hepatites não alcoólicas.
BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES
O teste é útil para o diagnóstico diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. A icterícia torna-se clinicamente manifesta quando a bilirrubina total é maior que 2,5 mg/dL. Causas de aumento da bilirrubina direta (conjugada): doenças hepáticas hereditárias (Dubin-Johnson, Rotor), lesâo de hepatócitos (viral, tóxica, medicamentosa, alcoólica) e obstrução
biliar (litíase, neoplasias). Níveis de bilirrubina direta maiores que 50% dos valores totais são sugestivos de causas pós-hepáticas. Causas de aumento da bilirrubina indireta: anemias hemolíticas, hemólise autoimune, transfusão de sangue, reabsorção de hematomas , eritropoiese ineficaz e doenças hereditárias (Gilbert, Crigler-Najar).
CA 125
O CA 125 é produzida, normalmente, pelas trompas de falópio, endométrio e endocérvix. É o marcador tumoral classicamente utilizado no câncer de ovário, não sendo, entretanto, exclusivo desta neoplasia. O CA 125, de forma isolada, apresenta valor preditivo muito baixo para ser usado como teste de triagem do câncer de ovário. Cerca de 2% das mulheres pós-menopausa saudáveis e 15% das mulheres pré-menopausa saudáveis apresentam CA 125 > 35 U/ml a triagem. Apresenta variação com o ciclo menstrual. Níveis elevados de CA 125 ocorrem em 85% das pacientes com câncer de ovário não mucinoso variando com o estágio. Não está elevado em 20% das pacientes à época do diagnóstico do câncer de ovário. O aumento do CA 125 pode preceder as alterações clínicas em até 11 meses. Valores elevados também são encontrados em outras situações clínicas: endometriose, câncer de endométrico, câncer de mama, linfoma não- Hodgkin, neoplasias de fígado, pâncreas, cólon, pulmão, uroepiteliais, endocervix, próstata, rabdomiossarcoma de útero,mesotelioma, carcinoma peritoneal primário, doenças hepáticas e do trato gastrintestinal, tumores benignos de útero, cistos ovarianos, síndrome de Meigs, doença inflamatória pélvica, abscesso tubo- ovariano, peritonite, teratomas e gestantes normais.
CA 15 3
O CA 15-3 é um marcador tumoral usado no acompanhamento de pacientes
com câncer de mama. Inúmeros estudos tem confirmado que o CA 15-3 é o melhor marcador tumoral disponível para a avaliação do câncer de mama.
Entretanto, seu uso é limitado pela sua baixa sensibilidade nas fases
iniciais da doença (15% a 35%) e falta de especificidade. É consenso que o CA 15-3 não deve ser usado para triagem ou diagnóstico do câncer de mama. Desta forma, seu uso fica restrito a monitorização do tratamento e detecção de recidivas. Não é recomendado mudanças terapêuticas com base apenas nos títulos de CA 15-3 de forma isolada. Aumentos transitórios nos níveis de CA 15-3, imediatamente após o tratamento (quimioterapia),podem ocorrer, sendo as determinações seriadas mais significativas do que uma medida única. No seguimento de pacientes com câncer de mama tratado e assintomáticas. Elevações nos títulos do CA 15-3, acima do valor de corte, podem ocorrer em doenças benignas da mama e em até 30% das hepatopatias benignas. Cerca de 63% dos pacientes com câncer de pulmão e 80% dos casos de câncer de ovário apresentam níveis Elevados de CA 15-3. É importante lembrar que 5% dos indivíduos saudáveis podem apresentar níveis elevados de CA 15-3, usualmente, de forma transitória.
CA 19 9
É um marcador tumoral utilizado no câncer de pâncreas e menos
frequentemente no câncer de intestino grosso e hepático. Não é recomendado para triagem de forma isolada. É útil para monitorar
a resposta ao tratamento e prognóstico. São consideradas alterações
significativas, para fins de comparação, aquelas superiores a 50% do
valor anterior. Elevações também podem ser encontradas na
insuficiência hepática, endometriose, Síndrome de Sjogren, fibrose
pulmonar, cistos esplênico, cistadenoma de ducto hepático, pancreatite
crônica, hepatite auto-imune e na colecistite xantogranulomatosa. Deve
ser realizado em um mesmo laboratório para fins de seguimento e
comparação.
CÁLCIO
A hipercalcemia é encontrada no hiperparatireoidismo, algumas neoplasias
com ou sem metástases ósseas, mieloma, desidratação, hipervitaminose
D, síndrome de imobilidade, hipertireoidismo, hepatopatias, insuficiência renal, sarcoidose, linfoma, uso de diuréticos e estrôgenos. Níveis baixos de cálcio são encontrados na osteomalacia, pancreatite, hipomagnesemia, hipervolemia, má absorção, dificiência de vitamina D, diminuições da albumina e em situações que cursam com fósforo elevado (insuficência renal, hipoparatireoidismo.
CEA - ANTÍGENO CÁRCINOEMBRIONÁRIO
Níveis elevados são encontrados em vários tumores, mas sua maior aplicação e no cancer coloretal. Utilizado para auxiliar no estadiamento e monitorização, sendo o melhor marcador da resposta ao
tratamento de adenocarcinomas gastrointestinais. Níveis mais elevados são encontrados no câncer coloretal com metastases ósseas e hepáticas.
Esta presente com níveis elevados em 65% dos pacientes com carcinoma coloretal, ao diagnostico. Seu aumento pode preceder evidências de metástases em exames de imagem. Outras neoplasias podem cursar com níveis elevados de CEA: câncer de mama, pulmão, ovário, estômago, pâncreas, útero, tireóide e tumores decabeça e pescoço. Níveis elevados também podem ocorrer em fumantes, inflamaçoes, infecçoes, úlceras pépticas, pancreatite, doença inflamatória intestinal, cirrose hepática, enfisema pulmonar, polipose retal e doença mamária benigna. Uma vez que pode ser encontrado em pacientes saudáveis, o CEA não deve ser utilizado como ferramenta para triagem de câncer em pacientes normais. Quando usado para diagnóstico de câncer de colon na população geral, para cada caso de câncer de colo diagnosticado com CEA e confirmado com biópsia, temos 250 falso-positivos. Resultados negativos podem ocorrer na fase precoce do câncer e em alguns pacientes com cancer coloretal metastático.
Cirurgia, quimioterapia e radioterapia podem causar aumentos transitórios do CEA
COAGULOGRAMA
Componente do exame pré-operatório. Esta prova de triagem para coagulopatias inclui: contagem de plaquetas, tempo de sangramento, tempo de coagulação, TAP e KPTT, sendo que a maioria dos desvios da coagulação sanguínea pode ser rastreada por esta prova (ponto de partida para o diagnóstico clínico de problemas da coagulação). Valores alterados geralmente são associados a defeitos pontuais no mecanismo normal de coagulação. Testes normais não excluem a presença de patologias da coagulação, primárias ou adquiridas.
COLESTEROL HDL
O colesterol é o principal lipídeo associado a doença vascular aterosclerótica. Também é utilizado na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares. A avaliação do risco cardiovascular engloba o colesterol total e suas frações, triglicérides, subfrações das lipoproteínas, apolipoproteínas A1 e B100, lipoproteína (a), proteina C reativa ultra-sensível e homocisteína.
COLESTEROL LDL
O Colesterol é o principal lipídeo associado a doença vascular
aterosclerótica. Também é utilizado na produção de hormônios
esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares.
Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por
lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL e 5% por VLDL). A avaliação do
risco cardiovascular engloba o colesterol total e suas frações, triglicérides, subfracionamento da apolipoproteínas A1 e B, lipoproteína (a), proteína C reativa ultrassensível e homocisteína.
COLESTEROL TOTAL
O Colesterol é o principal lipídeo associado a doença vascular aterosclerótica. Também é utilizado na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares. Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL e 5% por VLDL). A avaliação do risco cardiovascular engloba o colesterol total e suas frações triglicerides, subfracionamento da apolipoproteínas A1 e B, lipoproteína (a), proteína C reativa ultrassensível e homocisteína.
COLESTEROL VLDL
O Colesterol é o principal lipídeo associado a doença vascular aterosclerótica. Também é utilizado na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares. Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL e 5% por VLDL). A avaliação do risco cardiovascular engloba o colesterol total e suas frações, triglicérides, subfracionamento da apolipoproteínas A1 e B, lipoproteína (a), proteína C reativa ultrassensível e homocisteína.
COPROLOGIA FUNCIONAL
O estudo coprológico visa o estudo das funções digestivas abrangendo
as provas de digestibilidade macroscópicas, exames químicos e outras, cujos resultados permitem diagnosticar os diferentes quadros que são agrupados em síndromes coprológicas: insuficiência gástrica, pancreática e biliar, hipersecreção biliar, síndromes ileal e cecal, colites e outras alterações do transito intestinal.
CREATININA
É o teste mais utilizado para avaliação do ritmo de filtração glomerular (RFG). Sua concentração sérica não somente dependente da taxa de filtração renal, mas também da massa muscular, idade, sexo, alimentação, concentração de glicose, piruvato, ácido úrico, proteína, bilirrubina e do uso de medicamentos (cefalosporinas, salicilato, trimetoprim, cimetidina, hidantoina, anticoncepcionais e anti-inflamatórios). Níveis baixos podem ser encontrados nos estados que cursam com diminuição da massa muscular
CREATINOFOSFOQUINASE (CPK)
Enzima encontrada principalmente na musculatura estriada, cérebro e
coração. É um marcador sensível, mas inespecífico de lesão miocárdica.
Níveis elevados são encontrados no infarto agudo do miocárdio, miocardite, hipertermia maligna, distrofia muscular, exercício físico, dermatopolimiosite, rabdomiloise, em traumas e injeções musculares. Após exercício físico (musculação, bicicleta, corrida, etc) a CPK eleva-se imediatamente e
permanece alterada por até 7 dias.
CURVA GLICÊMICA ou TESTE TOLERÂNCIA A GLICOSE
Diagnóstico de diabetes mellitus
ESPERMOGRAMA
É um exame indicado na avaliação inicial da fertilidade masculina.
Usado também para controle de vasectomia.
FERRITINA
O teste de ferritina é utilizado no diagnóstico e seguimento de anemias ferroprivas e hemocromatose. A dosagem de ferritina reflete o nível de estoque celular de ferro. Pode estar aumentada em indivíduos com outras doenças hepáticas como hepatite autoimune e hepatite C. Na presença de doença hepática, em estados inflamatórios como artrite reumatóide, doenças malignas ou terapia com ferro, a deficiência do ferro pode não ser refletida pela ferritina sérica. Encontra-se aumentada em desordens infecciosas e inflamatórias.
FERRO
A determinação do ferro sérico (FS) é usada no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemossiderose. Níveis baixos ocorrem na anemia ferropriva, glomerulopatias, menstruação e fases iniciais de remissão da anemia perniciosa. Na gravidez há possibilidade de elevação inicial do FS devido a progesterona e queda do FS por aumento da sua necessidade. Uso de anticoncepcional oral pode elevar o FS acima de 200 mcg/dL. Níveis aumentados são encontrados na hemossiderose, hemocromatose, talassemias e na hemólise da amostra.
FÓSFORO
Causas de fósforo elevado: exercícios, hipovolemia, acromegalia, hipoparatireoidismo, metástases ósseas, hipervitaminose D, sarcoidose, hepatopatias, embolismo pulmonar, insuficiênca renal e trombocitose. Hipofosfatemia pode ocorrer no uso de antiácidos, diuréticos, corticóides, glicose endovenosa, hiperalimentação, diálise, sepse, deficiência de vitamina D e desordens tubulares renais. Outras drogas podem interferir na determinação do fósforo: acetazolamida, salbutamol, alendronato, azatioprina, isoniazida, lítio, prometazina e anticoncepcionais.
FT4 - TIROXINA LIVRE
Hipertireoidismo e hipotireodismo resultam de concentracoes anormais de T4 livre. Encontra-se aumentado no hipertireoidismo e na Sindrome de Resistencia ao Hormonio Tireoidiano. Sua concentracao encontra-se diminuida no hipotireoidismo. Os resultados podem estar inadequados na presenca de autoanticorpos anti-tiroxina, fator reumatoide ou tratamento com heparina. Pode estar aumentado na hipertiroxinemia disalbuminemica familiar. Discrepancias nos niveis de T4 entre os diversos metodos sao observadas e sao ainda mais acentuadas na presenca de alterações extremas das proteinas de ligacao, doencas nao tireoidianos, anticonvulsivantes e algumas outras drogas.
GLICOSE
Exame utilizado no diagnóstico de diabetes mellitus (DM), desde que apresente dois ou mais resultados elevados. Apesar da American Diabetes Association (ADA) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) não recomendarem o rastreamento em massa para DM com a glicemia no sangue a determinação da glicemia de jejum deve ser realizada periodicamente, de acordo com a idade do indivíduo e a presença de fatores de risco para DM. Indicações: Diagnóstico e controle do DM; detecção de outras causas de hiperglicemia; diagnóstico de hipoglicemia; Interpretação clínica: O diagnóstico de diabetes baseado na glicemia se baseia em: duas ou mais glicemias de jejum acima de 126 mg/dL ou uma glicose a qualquer momento do dia acima de 200 mg/dL em indivíduo com os sintomas clássicos de DM. Glicose entre 100 e 125 mg/dL caracteriza glicose de jejum alterada, caso outros exames confirmatórios de diabetes sejam normais. Na ausência de hiperglicemia inequívoca a presença da qualquer desses resultados deverá ser confirmada repetindo-se o exame em dia diferente. Glicose baixa na presença da tríade de Wipple (sintomas de hipoglicemia, glicose baixa e melhora dos sintomas após sua elevação) caracterizam a hipoglicemia.
HEMOGRAMA
Constitui importante exame de auxilio diagnostico não somente para doenças hematologicas e sistêmicas. Rotineiramente indicado para
avaliação de anemias, neoplasias hematologicas, reações infecciosas e
inflamatórios, acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação
de distúrbios plaquetários. Fornece dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e consequente direcionamento diagnostico e terapêutico. Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Através de avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas.
HEPATITE A, ANTICORPO IGG / IGM
O vírus da Hepatite A é um vírus de transmissão fecal-oral, por contato inter pessoal, água ou alimentos contaminados. Período de incubação varia de 10 a 50 dias, sendo a infecção subclínica em 90% dos menores de 5 anos e 70 a 80% dos adultos.
HEPATITE B, ANTICORPO DE SUPERFÍCIE (ANTI-HBS)
Indica recuperação sorológica e imunidade contra o HBV, sendo útil para avaliar resposta a vacina contra hepatite B e a recuperação da infecção natural. Usualmente, esses anticorpos são permanentes, entretanto, podem se tornar indetectáveis anos após a resolução da infecção ou em pacientes imunodeprimidos. Cerca de 10 a 15% dos pacientes vacinados não respondem a vacina. jovens respondem melhor à vacina que idosos, e as concentrações de anticorpos protetores declinam com o tempo. Valores acima de 10 UI/L são considerados protetores.
HEPATITE B, ANTÍGENO DE SUPERFÍCIE (HBSAG)
E o antígeno de superfície (Austrália) do vírus da hepatite B. Torna-se detectável 2 a 8 semanas após inicio da infecção, duas a seis semanas antes das alterações da ALT e duas a cinco semanas antes dos sinais e sintomas.
Ocasionalmente, pode ser detectado apenas após 12 semanas. Em termos práticos, sua positividade está associada com infecciosidade, estando presente nas infecções aguda ou crônica pelo HBV. Um resultado de HBsAg positivo deve sempre ser confirmado e complementado com outros marcadores de infecção. Deve-se considerar, ainda, a detecção de HBsAg positivo transitória após vacinação.
HEPATITE C, ANTICORPOS (ANTI-HCV)
O virus da hepatite C frequentemente causa infecção assintomática, entretanto, 70% dos infectados evoluem para forma crônica, sendo que 20% desses evoluirão para cirrose após 20 anos de infecção. Falso-positivos podem ocorrer em grávidas, vacinação para
influenza, hipergamaglobulinemia, fator reumatóide e doenças
reumáticas. Cerca de 50% dos doadores com anti-HCV positivo são falso-
positivos
HIV I E II - ANTICORPOS ANTI
A infecção pelo HIV 1 e 2 leva a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida – SIDA. Testes de triagem como CLIA, ECLIA ou ELFA devem
confirmados por ensaios mais específicos (Western Blot ou
imunofluorescência). Falso-positivos podem ocorrer em testes
imunoenzimáticos nos pacientes com anticorpos anti-HLA DR4, outras
viroses, vacinados para influenza, hepatites alcoólicas, portadores de
distúrbios imunológicos, neoplasias, multíparas e politransfundidos.
Filhos de mãe HIV positivo tem anticorpos maternos, não sendo, pois, a
sorologia definitiva no diagnóstico. Os testes imunoenzimáticos tem
sensibilidade e especificidade em torno de 98%. Indivíduos de alto
risco, com um teste enzimático positivo, tem valor preditivo positivo
de 99%. Assim, testes imunoenzimáticos positivos de forma isolada, não
podem ser considerados como diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo
necessária a realização do Western Blot como teste confirmatório. Pacientes com fase avançada da doença podem não apresentar reatividade ao Western Blot. Cerca de 20% da população normal não infectada apresentam resultados indeterminados no Western Blot. A Portaria No. 29, de 17 de dezembro de 2013 (Ministério da Saúde) normatiza o diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV em adultos e crianças.
HOMOCISTEÍNA
A homocisteína em níveis elevados é um fator de risco independente e forte de aterosclerose e trombose. Valores elevados podem ser indicativos de deficiências de vitaminas B6, B12 (cobalamina), ácido fólico e riboflavina. Hiperomocisteinemia em grávidas está associada a defeitos do tubo neural. Valores elevados também podem ser encontrados no uso de ciclosporina, corticóides, fenitoína, metotrexato, trimetropim, na insuficiência renal crônica e em erros inatos do metabolismo (homocistinúria).
IMUNOGLOBULINA E – IGE
A dosagem de IgE é principalmente usada para a identificação de doenças alérgicas ou para se prever o risco de desenvolvimento das mesmas. Pode ser usada também como método laboratorial para diagnóstico de aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA), mieloma IgE e síndrome de hiper IgE. Interpretação clínica: Nível aumentado de IgE em crianças é sugestivo de alergia, excluindo-se outras doenças que possam cursar com aumento da mesma como parasitoses intestinais. Níveis normais de não excluem o diagnóstico de alergia. Níveis aumentados, principalmente em adultos, podem estar associados a outras doenças. O nível de anticorpos encontradas nem sempre se correlaciona com o risco ou intensidade dos sintomas. É importante analisar o resultado com cautela associando com a clínica, além de outros exames complementares quando indicados, como teste cutâneo e IgE específica, por exemplo. Causas de aumento, além de quadros alérgicos: dermatite atópica, doencas parasitárias, mieloma IgE, Síndrome de hiper-IgE, síndrome de Wiskott-Aldrich, ABPA, filariose pulmonar, nefrite intersticial por drogas, alguns estágios de infecção pelo HIV e doença enxerto x hospedeiro. Causas de diminuição: deficiência hereditária, imunodeficiência adquirida, telangectasia-ataxia, mieloma não IgE
PARCIAL DE URINA
O exame de urina rotina é muito importante para avaliações da função
renal e afecções do trato urinário, podendo auxiliar no diagnóstico e
avaliação da eficácia do tratamento. O exame compreende três etapas:
caracteres gerais (propriedades físicas); pesquisa de elementos anormais (pesquisa química); sedimentoscopia (exame microscópico da urina).
PROTEÍNA C REATIVA
Tradicionalmente a quantificação da PCR é usada para monitorar processos inflamatórios e diferenciar: infecções virais das bacterianas, pois a segunda leva a uma concentração muito mais elevada dessa proteína; doença de Crohn (PCR elevada) da retocolite ulcerativa (PCR baixa); artrite reumatóide (PCR elevada) do lupus eritematoso sistêmico sem complicações (PCRbaixa).
PROTEÍNA C REATIVA ULTRA SENSÍVEL
Tradicionalmente a quantificação da PCR é usada para monitorar processos inflamatórios. Níveis elevados têm sido reportados em pacientes com doença arterial coronariana. Estudos demonstram ser a PCR ultra sensível (PCRUS) preditor independente de IAM e AVC em homens e mulheres aparentemente saudáveis. A adição do PCRUS ao perfil lipídico clássico fornece um ganho a pacientes com colesterol alto ou baixo.
RETICULÓCITOS
Os reticulócitos estão presentes normalmente no sangue em pequeno percentual e correspondem a células recém-emitidas na circulação. A contagem de reticulócitos é útil e importante para o diagnostico diferencial das anemias e para acompanhar tratamento. Valores aumentados são encontrados na hiperatividade da medula óssea reticulocitose), como por exemplo nas anemias hemolíticas. Valores diminuídos são encontrados na hipoatividade da medula óssea (reticulocitopenia), como por exemplo na aplasia medular.
SANGUE OCULTO
O sangue oculto nas fezes é definido como a presença de sangue nas fezes que requer testes bioquímicos para sua detecção. Pode ser derivado do trato gastrintestinal alto, bem como do intestino delgado e do colon. É utilizado como método de triagem do carcinoma coloretal embora apresente sensibilidade baixa. Uso de bebidas alcoólicas e medicamentos anti-inflamatórios devem ser suspendidos idealmente 3 dias antes da coleta ou conforme orientação médica.
TRIGLICERÍDEOS
Os triglicérides são produzidos no fígado. São transportados no sangue por VLDL e LDL. Os triglicérides em conjunto com colesterol são úteis na avaliação do risco cárdiaco. Níveis elevados são encontrados na síndrome nefrótica, na ingestão elevada de álccol, induzido por drogas (estrogênios, contraceptivos orais, prednisona, etc) no hipotireoidismo, diabetes e gravidez. Os níveis baixos estão relacionados a ma absorção, má nutrição e hipertireoidismo.
TSH - HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE
A dosagem de TSH é importante no diagnóstico do hipotireoidismo primário, sendo o primeiro hormônio a se alterar nessa condição. Esta aumentado principalmente no Hipotiroidismo primário, Tireoidite de Hashimoto, Tireoidite sub-aguda e na secreção inapropriada de TSH (tumores hipofisários produtores de TSH). Está diminuído principalmente no Hipertireoidismo primário, Hipotireoidismo secundário, terciário e nas Síndromes de Hipertireoidismo sub-clínico.
VITAMINA D (25 HIDROXI)
A 25-OH – Vitamina D é a medida de preferência para se avaliar o status nutricional de vitamina D. Valores diminuídos estão associados com insuficiência dietética de vitamina D, doença hepática, má absorção, exposição ao sol inadequada e síndrome nefrótica. Valores aumentados são associados à intoxicação por vitamina D. Pode apresentar-se em baixas concentrações (dentro do valor de referência) nos quadros de obesidade, sarcoidose, calcinose tumoral hiperfosfatêmica, tuberculose, hiperparatireoidismo primário e no raquitismo tipo II vitamina-D dependente. A 25 OH Vitamina D2 é metabolizada de maneira equivalente à 25 OH Vitamina D3 nos seres humanos.
ZINCO
O zinco é um nutriente essencial (componente de muitas enzimas importantes) e sua deficiência pode acarretar sérias consequências à saúde humana. A absorção se dá pelas vias percutâneas, oral e
inalatória. Os vapores de zinco ou de seus sais solúveis são altamente
irritativos para os pulmões. Intoxicações crônicas resultantes de
exposições ocupacionais ao zinco são pouco frequentes. A chamada febre
do fumo é o efeito mais comumente observado em trabalhadores expostos
ao óxido de zinco.